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Budismo e sexualidade - Parte 1

Atualizado: 9 de mai. de 2023

A prática sexual representa um aspecto crucial de nossas vidas e as diversas religiões e práticas espirituais fornecem vários pontos de vista sobre o assunto. No budismo, a tradição tende a ser mais moderada e, embora não discuta explicitamente a ética sexual, sua voz é resoluta quando o assunto surge.

Olhemos para as preocupações articuladas por grupos de emancipação como o movimento de mulheres e a comunidade LGBTQIAP+: Embora esses grupos possam ter outros motivos, é sua principal agenda combater a discriminação, a brutalidade e as violações decorrentes da ignorância e dos preconceitos.


A insegurança e a intolerância impulsionam preconceitos contra mulheres e o contra o grupo LGBTQIAP+, e aqueles que se percebem com o que chamam de “padrão normal”, são propensos a tais preconceitos, de maneira consciente e inconsciente.

No budismo apontamos para uma visão e atitude compassiva, amável e compreensiva para com todos os seres. Aceitamos o preceito de abstenção à má conduta sexual, não impondo requisitos, conceitos e restrições à condição ou opção afetivo-sexual. Dessa maneira, nós budistas não deveríamos colocar empecilhos para relacionamentos e uniões entre pessoas do mesmo sexo biológico.


O Preceito de não manter má conduta sexual deve ser compreendido como o distanciamento dos comportamentos que envolvam violência, manipulação, engano e ou causem sofrimento.

Já a relação amorosa, generosa, honesta, que contém clareza mental e clareza emocional leva a resultados benéficos e é uma conduta sexual positiva. Logo, o preceito em questão não será violado ao praticar sexo sem ilusão, não abusivo e responsável.


Os aspectos sexuais e emocionais de um relacionamento estão interligados. O relacionamento saudável engloba, além da intimidade sexual, um interesse geral na vida um do outro, afinidades compartilhadas e experiências mútuas. Casais que priorizam cuidar de si mesmos, um do outro e do relacionamento como um todo tendem a ter uma conexão mais forte. Isso inclui nutrir e valorizar seus interesses e alegrias compartilhados, permitindo que eles se unam em um nível mais profundo. De acordo com os ensinamentos do budismo, o afeto compartilhado entre os indivíduos está entre os aspectos mais relevantes da vida e o amor romântico entre os indivíduos deve ser fundamentado no respeito mútuo.




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