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Foto do escritorAtma Deva

O que compreender na busca pela felicidade - parte 1

A felicidade existe como um aspecto do mundo em que estamos inseridos. Da mesma forma, existe também o sofrimento. Você e cada pessoa a sua volta tem momentos de alegria e momentos de tristeza e sofrimento.

O Budismo Niskama Karma ensina que há 3 coisas que realmente pertencem a cada pessoa: O seu pensamento, a sua vontade e o que você faz com seu pensamento e sua vontade. Isso se dá porque qualquer coisa além dessas três citadas podem ser tomadas, perdidas ou estão atreladas a outros indivíduos; assim, não sendo absolutamente dependentes ou ligadas a você, não te pertencem.

Uma das leis da Natureza é a Lei da Impermanência. O dia inicia e termina, as pessoas nascem, envelhecem e desencarnam, sentimentos florescem e minguam. Seus bens materiais depreciam, quebram ou se desgastam. Há uma frase budista que diz: “Nada é permamente, a não ser a própria impermanência das coisas”.

A impermanência é um conceito importantíssimo no budismo. Refere-se à ideia de que tudo no mundo está em constante mudança e nada é permanente. Isso inclui não apenas objetos físicos, mas também emoções, pensamentos e experiências. A impermanência é vista como a raiz do sofrimento porque o apego às coisas que são impermanentes leva ao desapontamento e à dor.


Entender a impermanência é essencial para alcançar a iluminação no budismo - um estado de paz interior e contentamento que não depende de circunstâncias externas. Ao reconhecer a natureza impermanente de todas as coisas, pode-se abandonar os apegos e desejos que causam sofrimento. Isso não significa que se deva evitar o prazer ou evitar relacionamentos com os outros, mas sim que não se deve apegar-se a essas coisas e reconhecer que são impermanentes.


A Lei da Impermanência é expressada pelo que é chamado de Três Marcas da Existência: Anicca, Anatta e Dukkha. Esses termos do dialeto pali são traduzidos e interpretados conforme segue:

Anicca (impermanência): Todas as coisas são impermanentes.

Anatta (não-eu ou não-alma): Todas as coisas não passam de expressões temporárias da mudança, não possuem um “eu” eterno e verdadeiro.

Dukkha (sofrimento, insatisfação): Através das duas expressões anteriores, compreendemos que não há nada que cedo ou tarde não venha a transformar-se ou desaparecer, não podemos de fato controlar o que não nos pertence e o sofrimento acontece ao nos relacionarmos com isso.


Apego refere-se à forte conexão emocional ou desejo por algo ou alguém. Isso pode incluir bens materiais, relacionamentos, status ou mesmo ideias e crenças. De acordo com o budismo, o apego leva ao sofrimento porque cria uma sensação de desejo e dependência. Quando nos apegamos a algo tememos perdê-lo. Esse medo e ansiedade podem nos levar a agir de maneira prejudicial a nós mesmos e aos outros. Abandonar os apegos, por outro lado, leva a uma sensação de liberdade e paz. Ao reconhecer a impermanência de todas as coisas e liberar nosso apego a elas, podemos encontrar a verdadeira felicidade e contentamento.


O sofrimento existe para todos, em maior ou menor proporção. Logo, é acertado o ensinamento de muitos mestres de que as pessoas devem estar alertas aos seus sofrimentos – e estar alerta aos sofrimentos é encará-los com consciência, sem criar fugas às suas origens, mas entrar em contato com elas, pois assim torna-se possível descobrir suas raízes para então melhor compreendê-las.



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2 Comments

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Guest
Jun 04, 2023
Rated 5 out of 5 stars.

Publique a parte 2!!

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Guest
May 31, 2023
Rated 5 out of 5 stars.

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