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Guerra, violência e o budista bonzinho e pacifista

Muitas pessoas associam a personalidade de alguém budista ao pacifismo, a serenidade, dizem “aquela pessoa é zen”. Isso acontece em virtude das informações que recebem sobre o budismo e pela indicação do Buda para a não-violência.

Porém, devemos ir além dos estereótipos e encarar a realidade de que cada pessoa interage com os sentimentos, sensações e acontecimentos do mundo de acordo com suas percepções, reflexões e absorção do que aprende e vive.

Vejam dois exemplos:

  1. O Buda apontou a não-violência como um dos alicerces ao nosso desenvolvimento. Apesar disso, pudemos acompanhar budistas armados em Mianmar, em sua empreitada contra os muçulmanos, incitados principalmente pelo monge Ashin Wirathu, que ficou conhecido como “o Bin Laden Budista”.

  2. Autoimolação de monges asiáticos em protestos, sendo a mais famosa a do vietnanita Thich Quang Duc.


Devemos ter cuidado com a descaracterização do que se é estudado, ter sempre muita atenção para perceber sua permeabilidade aos ensinamentos e práticas ao mesmo tempo em que cuidamos para nõo cairmos na armadilha de adaptar esses ensinamentos e práticas à nossa conveniência consciente ou subconsciente.

O Buda é claro nas questões de não-violência e de preservação à vida.


O Suryananda foi feliz em apontar em texto anterior, com suas palavras e a sua maneira, que devemos agir em nossa comunidade, em nosso meio, onde estamos inseridos, de maneira a ofertar as atitudes mais favoráveis possíveis para que isso seja um reflexo.

Eu amplio o texto dele apontando para o vantajoso caminho de ensinar isso e de aplicar a análise das ações de terceiros, QUANDO PERTINENTE, sob a luz do caminho budista.

Exemplo:

Eu pratico o Nobre Caminho Óctuplo. No momento de votar em políticos para os diversos cargos, aplico o crivo dessa Caminho que sigo sobre as informações que tenho acesso.

Dessa maneira: A terceira prática é a Fala Correta - busco agir com a Fala Correta, de acordo com o que é estudado em nossa Ordem e refletido no dia-a-dia. Então me pergunto: O candidato, mesmo não sendo budista, age de maneira alinhada à Fala Correta?

A quarta prática é a Ação Correta - busco a Ação Correta, de acordo com o que é estudado em nossa Ordem e refletido no dia-a-dia. Então me pergunto: O candidato, mesmo não sendo budista, age de maneira alinhada à Ação Correta?

A não-violência e a preservação da vida são presentes na filosofia budista e eu aceito isso, caso contrário não seria um budista e estaria enganando a mim e aos meus pares. Então me pergunto: O candidato possui ações em prol da não-violência e preservação da vida?

Acabei enveredando pelo assunto política que é pertinente de discussão, mas não é o ponto principal apresentado anteriormente, que fora a guerra (apesar da grande representatividade política na deflagração de guerras).


Pois bem, sobre guerra, como budistas, a orientação deveria ser sempre de repúdio a ela e de compaixão e auxílio aos que sofrem por ela.

De vibração favorável ao entendimento entre os seres e de incentivo à diplomacia.



Gostaria de ler o que vocês outros têm a compartilhar sobre.

Até breve e fiquem na serenidade do Buda.

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