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Deus do lado de dentro ou do lado de fora?

Atualizado: 8 de mai. de 2022


Você pode ter parado para ler esta coluna por diversos motivos. Talvez você acompanhe minhas publicações; ou talvez o título tenha chamado a sua atenção. Eu não sei qual a sua motivação em separar alguns minutos para ler estas linhas e, sinceramente, isso não me importa. O interessante para mim é como a pergunta te toca, se é que te toca de alguma maneira.

É natural às pessoas a busca por respostas ou acalento acerca da existência da vida e da criação, bem como dos porquês das alegrias e vicissitudes pelas quais passam. Aos fiéis de cada religião ou seita, suas chamadas Escrituras Sagradas contém filosofias de vida, códigos de conduta e as explicações de como se deram e como devem ser suas interações junto a Deus ou as divindades. Porém, mesmo com a existência dessas literatas e das tradições de transmissão oral, há diversos questionamentos que permanecem sobrevoando a mente das pessoas inseridas nessas religiões, seitas e sistemas filosóficos; bem como há os não-crentes no criacionismo ou em uma causalidade, como a chamada pelo pensamento budista de Originação Dependente.

Me parece saudável a reflexão, permanente ou não, de tais porquês e mesmo de Deus. Por um lado, temos assim a chance de retificar ou ratificar fé, posicionamentos e até sentimentos e sensações. E por outro, lembro a frase do famoso Mário Sergio Cortella que diz “(…) o ser que nasce sabendo não terá novidades, só reiterações“.

Dessa maneira, te convido à uma sequência de reflexões, propondo que inicie acerca da divindade em si e de como isso cala em você: Mais proximidade ao sentimento de existência sugerido por Pascal ou pela maior tendência à racionalidade apontada por Descartes. Em seguida, que tal refletir sobre qual o seu posicionamento, se é que você tem ou quer ter um, sobre seu papel e o papel da divindade em sua vida. Se o tem, seu Deus entrega em recompensa por sua fé (o que alguns chamariam de terceirizar o serviço) ou você é artífice total de sua realização nos diversos campos da vida (que outros talvez o tenham como blasfeme) como apontam, entre diversos pensamentos, a maioria das doutrinas orientais.

Este caminho de auto-questionamento pode te levar a um destes três pontos: Há a religião que se mostra para mim mais assertiva; ou me alinho com o que escreveu Sri Yukteswar em seu livro A Ciência Divina, de que há uma unidade essencial entre todas as religiões; ou, por fim, sua identificação está mais relacionada ao agnosticismo, deísmo ou ateísmo.

Isso tudo é apenas uma introdução para você responder a pergunta título deste artigo: Deus do lado de dentro ou do lado de fora?

A esta altura, você já deve ter percebido que entregar respostas, ou talvez ser claro, não é a minha intenção. Faço minhas as palavras do saudoso Chacrinha: “Eu não vim para explicar, vim para confundir“.

Assim, te deixo com essa provocação e me ocorre agora que pode parecer interessante encerrar com uma frase que é creditada a um tal de Buda Siddhartha Gautama (hehehe), de quem talvez você já tenha ouvido falar: “Não creia em algo porque está escrito em seus livros sagrados. Não creia em algo porque eu o digo. Traga à reflexão e à razão. Se isso a você fizer sentido, então creia/siga/alí deposite seu coração“.

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